quinta-feira, 22 de março de 2012

Sinal de Cecin (Sinal “X”): um aprimoramento no diagnóstico de compressão radicular por hérnias discais lombares

Hamid Alexandre Cecin

RESUMO
O autor, ao reiterar que o exame clínico continua sendo o pilar do exercício da medicina, propôs, anteriormente, uma nova manobra semiótica, o sinal “X” ou de Cecin, para aprimorar o diagnóstico da hérnia de disco lombar, e descreveu seus  fundamentos  biomecânicos.  Entretanto,  o  desempenho  diagnóstico  dessa  manobra  ainda  não  foi  formalmente avaliado.  Pacientes e  Métodos:  A manobra semiótica – Sinal de Cecin –, que consiste na flexão da coluna lombar e na realização simultânea da manobra de Valsalva, foi aplicada em 45 pacientes com lombociatalgia típica e herniação discal correspondente confirmada pela ressonância magnética (RM), e em 21 pacientes com lombalgia mecânica comum, sem ciatalgia e com RM normal. O sinal de Lasègue foi testado concomitantemente e a discordância e concordância entre as duas manobras foram avaliadas. Resultados: Foi observada uma alta discrepância (P < 0,001) e baixa concordância (P < 0,4) entre os dois testes. O sinal de Cecin teve sensibilidade de 73,3% e 95,2% de especificidade para o diagnóstico das hérnias discais confirmadas pela RM. Na mesma amostragem, o sinal de Lasègue apresentou sensibilidade de 22,2% e especificidade de 95,2% (P < 0,001), valor preditivo positivo de 90,9% e negativo de 36,4% (P = 0,153). Conclusão: O sinal de Cecin apresentou melhor desempenho diagnóstico do que o de Lasègue para o diagnóstico de hérnia discal lombar sintomática.



 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

FISIOTERAPIA EM PACIENTES COM SÍNDROME FÊMORO- PATELAR: COMPARAÇÃO DE EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA E FECHADA

Cristina Maria Nunes Cabral, Ângela Maria de Oliveira Melim, Isabel de Camargo Neves Sacco, Amélia Pasqual Marques.

RESUMO
Este estudo teve como objetivo comparar a eficácia do fortalecimento muscular na recuperação funcional da síndrome fêmoro-patelar (SFP). Foram selecionadas 20 mulheres com SFP divididas em dois grupos: o Grupo 1 (G1) realizou fortalecimento do músculo quadríceps femoral em cadeia cinética aberta (CCA) e o Grupo 2 (G2) em cadeia cinética fechada (CCF), durante oito semanas com freqüência de duas vezes semanais. Foi avaliada a dor, capacidade funcional, flexibilidade, encurtamento dos músculos isquiotibiais, ângulo Q e eletromiografia (EMG) dos músculos vasto medial (VM) e vasto lateral (VL) durante extensão isométrica da perna. Antes e após o tratamento, as variáveis foram analisadas pelo teste de Wilcoxon, e entre os grupos pelo teste t para amostras independentes ou Anova de Friedman ou Manova (α<0,05). Após o tratamento, os resultados mostram que houve melhora da capacidade funcional, encurtamento dos músculos isquiotibiais e flexibilidade. Porém, somente o G1 apresentou diminuição da intensidade da dor e aumento da atividade EMG do músculo VL, enquanto ambos não modificaram o ângulo Q. Os dados sugerem que os tratamentos baseados no fortalecimento do músculo quadríceps femoral possibilitaram melhoras importantes nos principais sinais e sintomas apresentados pelas pacientes, não havendo diferenças evidentes entre os realizados em CCA e CCF.

ABSTRACT
The aim of this study was to compare the efficacy of muscular strengthening in the functional recovery of patellofemoral syndrome (PFS) patients. Twenty female patients with PFS were divided into two groups: Group 1 (G1) performing quadriceps femoris strengthening exercises in open kinetic chain (OKC) and Group 2 (G2) in closed kinetic chain (CKC), twice a week for eight weeks. Pain, functional capacity, flexibility, hamstring tightness, Q angle and electromyography (EMG) were measured for vastus medialis (VM) and vastus lateralis (VL) muscles during isometric leg extension. The data obtained before and after treatment were analyzed by Wilcoxon test, and the data between groups by t-test for independent samples or Friedman Anova or Manova (⟨<0.05). After treatment, the results showed a significant improvement in terms of functional capacity, hamstring tightness and flexibility. However, only G1 showed decreased pain and improved EMG activity of VL muscle, while both
groups showed unchanged Q angles. These data suggest that treatments based on exercises for quadriceps femoris strengthening produced improvements on a number of PFS signals and symptoms, with no evidences of differences between OKC and CKC exercises.